quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Droga da vida,

Eu não posso deixar que minha maré de frases se esgote, muito menos trocá-las por duas ou três palavras: meio ditas, meio subentendidas. Com mais livros, com mais letras, mais orações, junções e conjunções. Crônicas, contos, poesias, poetas, sonhos. Com mais vida. Eu queria fazer com que todos, cada um, sem exceção, tivesse uma overdose, se picasse com o líquido preto do tinteiro e começasse, desesperadamente, tentar se livrar, extravasar no papel tudo aquilo que quer, que pensa, que acha e que diz. Talvez mais ainda, aqueles sonhos mais solitários e escuros. Aquelas ideias mirabulosas, não aceitas por ninguém. Aquele segredo mais íntimo. Tudo pode virar farsa, ficção, história, e ao mesmo tempo ser real, verdadeiro.
Façamos com que o mundo deixe de ser essa pobreza literária em que vampiros brilham e só podem ser mortos se cortados em pedacinhos e queimados. Façamos obras de arte. Sejamos todos melhores. Façamos tudo como quisermos. Briguemos! Exijamos que tudo(!), tudo(!), tudo(!) vire realidade, e que sejamos os melhores. A geração pródiga e tanto esperada. Vivamos e provemos que somos capazes!

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