domingo, 31 de outubro de 2010

Pra ser sincero:

Pra ser sincero não espero de você,
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...


Pra ser sincero não espero de você,
Minta
Não se sinta capaz de enganar
Quem não engana a si mesmo


Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos


Pra ser sincero não espero de você,

Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero não espero que você
Me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma ao diabo

Um dia desses
Num desses encontros casuais
Talvez a gente se encontre
Talvez a gente encontre explicação

Um dia desses
Num desses encontros casuais
Talvez eu diga, minha amiga,
Pra ser sincero, prazer em vê-la
Até mais...


Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos



                       E eu continuo acreditando cegamente nessa filosofia.
                                                      Engenheiros do Hawaii.



                            

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

12 sinais de que você está amando, opa, 12 sinais de idiotice, boa, é claro.

Doze: Você anda realmente devagar quando está com ele.
Onze: Você fica tímida sempre que ele está por perto    
Dez: Você sorri quando escuta a voz dele    
Nove: Quando você olha para ele, não vê as outras pessoas que estão em volta, só ele.    
Sete: Ele é tudo em que você pensa.    
Seis: Você percebe que está sempre sorrindo quando está olhando para ele.    
Cinco: Você faria qualquer coisa só para encontrar com ele    
Quatro: Enquanto lia isso, tinha uma única pessoa na sua mente.    
Três: Você simplesmente sorriu pois é verdade.    
Dois: Você estava tão ocupada pensando nele que nem percebeu que o número oito está faltando.   
Um: Você subiu até onde deveria estar o oito e agora está silenciosamente rindo de si mesmo.

Oportunidade única.

Não é amor, isso eu deixo claro, é claro. Mas não é só ilusão, é, tá bem, da minha parte, talvez seja . Mas o que custa sorrir? 'olá', conhece? Não, nem você, nem eu, nossos egos são bem maiores que isso, eu não nasci pra declarações e você, ah, você não nasceu pra se divertir, me desculpa, é verdade.
Você quer tudo nos eixos, muito sério.
Ou você engana, engana. O que seria bom, ou não. Porque, e se, e se eu acreditar, e cair, e, puta que o pariu, ficar ali?
Desculpa não é meu mundo.
- Oi, quer que eu leve sua mala? - Era um jeito de cnseguir um sim, de sei lá, ah, à merda, por favor.
- Brigado.
- Nada.
A minha parte eu já fiz, e você fica parado olhando, só olhando. E daí? Vou precisar te agarrar? Não faz meu estilo, perdão.
- Vou descer nesse ponto. Sua mala - Eu entrego a mochila e as chances que eu te dei. Desço do ônibus e vou.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Como já dizia Rita Lee: "Eu sou a ovelha negra da família".

Às vezes não resta nada possível, nada plausível e a gente opta pelo incomum, na verdade, pela única opção.

Círculo vicioso.

- UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL
- Hm?
- Quer saber uma história triste?
- Não.
- Idiota, vou contar igual.
- Ok.
- Eu só me fodo.
- Que bom.
- É sério.
- É?
- Não. Idiota.
- Que bom.
- Não é. Eu só me fodo.
- É?
- Não, ha ha.

Expresso Paraíso, Partiu.

- Lexie... Lexie... Corra!
- Ai, dói muito.
- O que houve?
- Eu caí da escada.
- Mas.. E veio parar aqui?
- Pelo jeito foi forte.
- É, é o que parece.
Silêncio.
- Enfim, corra.
- Não consigo.
- Você vai perder, o expresso sai daqui três minutos.
- Eu não pedi café.
- Ah criança... Expresso é o mesmo que trêm.
- Ah tá. Ei, espera! Eu não sou criança!
- Que seja.
- E você?
- O que?
- O que você é?
- Você não vê?
- Não.
- Corra, corra.
- Mas dói.
- Um minuto.
- Ai, ai, ai, eu já andei um monte, cadê?
- Faltam uns dez minutos.
- Pro trêm sair?
- Pra você chegar lá. O trêm sai em um minuto e meio.
- Ah, droga! Não vou chegar!
- O tempo aqui e lá são diferentes.
- Impossível.
- Corra.
- Dói.
- Corra.
- Dói.
- Corra.
- Porque não me leva?
- Porque seria injusto.
- Porque seria injusto?
- Porque eu estaria ajudando.
- E daí?
- Que se ajudo um, ajudo a todos. É assim.
- Não é não.
- É.
- Preguiçoso!
- O trêm partiu.
Pluft.
- Ei, cadê você?
Silêncio.
- Quem é você?
- Corra.
- Você é tão chato quanto o outro cara.
- Não.
- É.
- Eu sou bem pior.
- Não também.
- Corra.
- Dói.
- Corra.
- Cansa.
- Desça.
- Não.
Pluft.
- Aonde eu estou?
Silêncio.
- Ei! Aonde eu estou?
- MUAHAHAHA.
- Quem é você?
- O Coisa Ruim!
- Não vai me mandar correr?
- Não.
- Eles são piores que você.
Pluft.
- Ei, eu conheço você. Você não me carregou.
- Ai, ai, ai, meu Deus Cristinho.
- Preguiçoso.
- O que está fazendo aqui?
- Ele me mandou de volta.
- Ele nunca manda.
- Mas me mandou.
- Caso perdido.
- Preguiçoso.
Pluft.
- Coisa Ruim!
- Socorro.
Silêncio.
- Ai, ai. Dói. 

Vício.

- Uma cerveja amanteigada.
- Não tem.
- Um suco de abóbora.
- Não tem.
- AVADA KEDAVRA!

domingo, 24 de outubro de 2010

Socação de memórias, vulgo falta do que fazer.

Eu abro minha caixinha de tranqueira e miudeza, aquela que eu escondo embaixo da cama pra minha mãe não tacar no lixo. A minha pedra da amizade com o X e o N tá lá, ela nem era especial, uma daquelas de calçada, a gente chutou ela durante umas três horas na rua, até foder o pé feio. Meu vinil do ABBA, our last summer, dancing queen, eu lembro quando isso bastava, quando eu não precisava de mais nada. Um pé de all star, só um. O outro eu tinha perdido, na verdade foi o que eu disse. Eu fui numa fazenda e pisei numa bosta, eu teria que lavar e pá pow, decidi deixar de lado, mas não tive coragem de jogar fora o intacto. Um anel quebrado, um anel da amizade, e a chave e o cadeado do meu diário com a minha melhor amiga da sexta série. Tudo isso eu via. Uma carta do meu pai e uma do meu namorado de infancia. Um desenho psicodélico um pingente verdinho. Eu tirei tudo isso, amassei. Juntei um dado que restara no fundo. Tudo aquilo virou uma massa disforme, sem significado algum pra qualquer outro. Mas pra mim, não. Pra mim aquela era uma bola, uma massa disforme de lembranças. Que eu até podia jogar no lixo, mas que eu nunca esqueceria.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lição de vida.

Todo mundo vai, por regra - é provado cinetificamente (mentira) - quebrar a cara seis vezes na vida. Duas com 'amores', que na real, não vão ser amores de verdade, serão uns idiotas. Uma relacionada à alcool, outra relacionada à vontades proibidas. E duas - três se você for muito sensível - com amigos. Aprenda, arranje uma força descomunal, e não espere não sofrer, vai doer demais, mas se você estiver esperando, talvez cure mais depressa.

PAPAPAPAPAPAPARTY EVERYDAY




I'm so drunk.. so... you're so hot.
It's for you, undestood or I need to draw?
Lembrar. Lembrar do passado com uma música, com uma carta, com uma memória. Revirar a caixinha que é a nossa cabeça e achar um bilhete, lá no fundo, com uma piada particular, rir sozinho. Ler uma crônica, uma poesia, um livro e sonhar com um dia perdido no passado. Ver antigos amigos e sentir falta de conviver com eles. Achar fotos, chorar. Fazer uma limpa no guarda-roupa e encontrar uma daquelas peças velhinhas, ressucitá-las, e, ao usá-las, lembrar de quando fora comprada, numa lojinha no centro, ou em um brexó na vila.
Ver um terço, lembrar de quando eu ia na missa e ficava batendo os pézinhos no azulejo, vendo quantas cores tinha. Anéis, colares e pulseiras. Presentes. Saudade. Vontade. Pra não sofrer: esquecer.

Banho.

Choveu, choveu muito. Em toda a cidade as pessoas voltavam a suas casas. O trânsito estava louco, mas, chegando a noite, a cidade que costumava não dormir, estava silenciosa, deserta.
As pessoas deitavam, se cobriam, viam filmes, tomavam chocolate quente ou liam em frente a lareira. Alguns jantavam e outros conversavam alegremente.
Na rua X não se via niguém, nem os estudantes que faziam um bico entregando jornal, nem os jovens que iam ao café, e nem aqueles que iam ao beco se drogar. As luzes se apagaram: breu.
"Aaaaaaaaaaaaah, que delícia" alguém gritou e o silêncio voltou a reinar. 5 minutos.
"Ai ai" ouviam-se suspiros "Fazia tempo que eu precisava lavar a alma"
A luz da primeira casa se acendeu, e da segunda, e da terceira, e da quarta, e assim por diante.
Todas as janelas estavam iluminadas e com rostos curiosos, e todos tinham os olhos vidrados emuma imagem.
Na imagem de uma menina - mulher, com espírito de criança, de moleca - que deixava a chuva cair, e sentia a pureza que infiltrava e sentia falta. Falta de ser criança, de ser alguma coisa, de ser alguém, de ser.
Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros mudam as pessoas.
Pessoas iguais não combinam, as diferentes também não. As primeiras transformam a relação em uma competição, dividir bandas preferidas e livros é difícil. As segundas ficam mudas, tem apenas algumas coisas sobre o que falar, discordam. Ninguém nasceu pra ninguém. Não é por isso que você não vai ser feliz, esse é apenas o motivo de você ficar só.

domingo, 17 de outubro de 2010

Intimidade.

Tenho ciúmes, ciúmes dos amigos, ciúmes da minha mãe, e da comida dela também. Ciúmes do meu canto no sofá e dos meus filmes preferidos, dos cd's e discos do armário e das coisas de dentro da minha mala. Tenho ciúmes da minha bagunça, da minhas roupas e dos meus livros. Ciúmes da minha personalidade, que era, até então, só minha. Tenho ciúmes dos meus personagens favoritos, das minhas bandas e filmes. Ciúmes daquela crônica, que conta, praticamente, a minha história, que só se encaixa comigo, e alguém se descreve com ela. Tenho ciúmes do meu shorts de estimação e do meu cachorro de pelúcia. Ciúmes da minha mantinha quentinha e da minha prima gordinha. Tenho ciúmes da minha xícara e também da minha cadeira. Tenho ciúmes do meu celular. Ciúmes dos meus desenhos e redações. Tenho ciúmes de quem gosta de mim e de quem eu gosto. Ciúmes do meu número da sorte, da minha técnica e do meu treinador. Ciúmes do meu uniforme gasto, do meu moleton largo e daquela calcinha velha. Tenho ciúmes do meu nome, e do nome que meus filhos terão. Ciúmes da minha vó, dos bolos que ela faz e das musicas que ela canta. Tenho ciúmes de quem tem esses ciúmes. Eles são meus. Tenho ciúmes.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Obra prima.

Odeio quando não sei o que escrever, comocomeçar. Quando, em minhas histórias um "Ela disse: 'Olá'", significa, nada mais, nada menos do que um "Ela disse: 'Olá'". As coisas precisam ir mais fundo, elas precisam ser analisadas, e não simplesmente armazenadas.
- Rosie, desça comer.
Saco, saco, saco... Estou escrevendo... Não me entendem?!
- Estou aqui em cima... Comecei agora, já desço!
Eu ouço seus passos apressados na escada e sei que a porta abrirá.
Como previsto.
- Rosie... - é tom de súplica, eu reconheço. - Você sabe que é importante.
- Mas... Você sabe, há tempos eu não começo algo assim, eu nào escrevo já faz duas semanas!
- Leia.
- Não.
- Leia.
- Não.
- Mas eu preciso saber se está realmente bom.
- Está e não vou ler.
- Chega! Ou eu leio e é algo supreendente ou descemos jantar.
- Você não manda em mim.
- Você está agindo como uma criança mimada.
- E você está desperdiçando o meu tempo!
Ele desce.
Eu volto a datilografar tudo aquilo, não era nada excepcional, nunca foi... Eu não tenho talento, mas, ah... O que me custa tentar?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Utopia.

Eu não sei se um dia já acreditei em toda aquela melação, aquela conversa fiada e aqueles joguinhos de amor. Na verdade, a palavra amor nunca me foi muito familiar. Passava, de vez em quando, e batia a porta, mas, ou eu era covarde e não abria, ou ela era tímida e se escondia. Aí eu ficava naquela, sem saber o que fazer, esperando que a campainha tocasse mais uma vez e que eu tivesse coragem de correr e abrir e sorrir e dizer "olá".


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Confessionário.

The truth is that I never learn how to love. Do you wanna teach me?

Vontade própria.

De fora, ninguém via a cena como relamente era.
De fora, aquele homem magoado, nada mais era que um bêbado. Julgamentos... Ele estar dentro de um bar, tomando sua vigésima quarta dose não quer dizer nada. Não depois de passar pelo que ele passou.
- José - ele dizia ao dono do bar - Me vê mais uma - e o velho, compadecido, completava o copinho.
Uns outros senhores jogavam sinuca, e ouviram a história do rapaz.
- A Viviane - ele dizia - era minha mulher... Sabem?! a gente morava junto, e um dia, e um dia... - ele soluçava - ela me largou - Apressado, Seu José completou mais uma vez, e o mal-amado virou.
- Mas porque? - um dos homens da mesa de sinuca perguntou, enquanto esperava sua vez. E fez sinal, pra que o cara atras do balcão deixasse umas cinco rodadas por sua conta.
- Um homem, um filho da puta... Fazia tempo, sabe?! Ela me enganava, dizia que ia à padaria, à casa da mãe dela. E uma vez, uma vez ela foi ao mercado... E não voltou.
O homem, já tendo afogado suas mágoas e secado suas lágrimas ia indo embora.
- Espere, espere - Seu José dizia, trazendo um cobertor e um travesseiro nas mãos.- Durma por aí.
Ele se acomodou numa mesa e colocou os sapatos sobre uma cadeira. Deitou e dormiu. Assim.
Ainda de madrugada ele se levantou. Dobrou o edredom e colocou sobre a mesa, junto com o travesseiro e um maço de notas que ele não sabia o valor.
Saiu, esqueceu de fechar a porta, e foi aonde morava.
A luz da sala estava ligada, e ele conseguia - ou ao menos achava - que ouvia o barulho da televisão.
- VIVIANE, VIVIANE - ele gritou umas três vezes até ouvir a chave girar. Se escondeu atras de um carro estacionado por perto.
A mulher saiu e ele se levantou, ela estava de camisola, e, antes que pudesse vê-lo, ele viu que alguém a seguia. Era um homem, o filho da puta que ele tinha dito aos senhores do bar.
Ele viu uma pedra ao lado do pé, das grandes. Pensou em tacá-la na cabeça do sujeito, ou em outro lugar... Mas demorou muito, e os dois já estavam pra dentro.
Aos tropeços o homem chegou na casa da mãe, junto com o sol que ia nascendo. Entro quieto, não sabia o que estava fazendo, mas achava que sim.
Pegou a agenda que a mãe costumava anotar os telefones, e escreveu: "Eu te amo" aquilo era meio geral, pra sua mãe, pra viviane, e até pros homens do bar.
foi a garagem. Pegou a corda que costumava fazer seus balanços, em vão tentou colocá-la no pescoço, mas ele não sabia como se matar assim... Era covarde. E tinha memória fraca, o que vira nos filmes... Ih, já nem lembrava.
Ele voltou a casa e pegou a chave do carro, abriu-o e ligou. Abaixou o vidro e colocou ali seu pesoço. Apertou o botão pra subir.
E aquela foi a pior e a melhor sensação de sua vida. Ele não tinha mais preocupações, viviane... Mas ele também perdera tudo. Estava morto.

Proposta.

Pago cinco pila pra quem me der boas ideias, to em crise. (AAA) Vou dar piti.

Here I go.

DUMBLEDORE'S ARMY!

Dependência.

Café, café, café... Minha fonte de vida desde que você se foi. Dramático, você me diria. Mas não, você não faz a mínima ideia de como me sinto. Primeiro, me vicia, depois, esquece, e quer que eu esqueça também. Não é simples pra mim, e eu queria que pra você também não fosse. Antes era fácil me manter acordado, você fazia isso, e era bom. Agora, eu não posso dormir senão surge você, a sua imagem, na minha cabeça, nos meus sonhos. Aí eu recorro a cafeína, que me deixa de olhos abertos. Os livros, que antes me distraiam não surtem mais efeito, assim como os filmes e meus discos favoritos. Eu não quero te substituir, eu preciso de você. Você não entende. Nunca entenderá. Por mais que eu tente, o starbucks nunca vai ocupar o espaço que você ocupava, ou talvez ocupe. A dor que eu sinto não vai ser sanada por uma overdose de cafeína, ou talvez vá. Você nunca vai ser igualada à um café mocha gelado com creme e granulado, ou, quem sabe, seja.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

You need to know.

4950412726_2b04164b78_z_large
Friendship should be always like that.
Tumblr_l7pxtfiutx1qzdiqvo1_500_large
And this is a real family: troubles and love.

Sorry.

I'm a weird fucking kid. Who cares, right?

Cross your fingers.

I wish you good lucky.

Dormir. Ou não.

O sono tá confuso. Ele vem, me domina por cinco minutos e quando eu vou, tento segui-lo, ele não está mais ali. Eu quero ficar acordada o dia todo, mas morfeu insiste em me levar. Café. Nada ou tudo, depende do meu humor, e do humor do meu sono. Ele é controlador, discordar dele não é uma opção, mas, e se... E se um dia, esse meu sono - e insônia - incessante, parar? Não importa em qual sentido, afinal, isso tudo, é uma via de duas mãos, certo? Tanto eu posso sonhar de olhos abertos como ter pesadelos de olhos fechados, ou ao contrário. Mas... E se... E se um dia eu não dormir mais? Ou não acordar?
Desculpa a falta de romantismo, mas, que eu me lembre, nunca contei os minutos pra ver alguém.

Deixa rolar.

Eu vou à um café, mais uma vez sozinho. E daí?! Quem se importa?!
Me olham torto, e eu me esquivo, cansei de ser colocado em um telão em frente a sociedade.
- O que o senhor quer?
- Um mocha, por favor.
- Mais alguma coisa?
- O jornal de hoje também.
Eu não precisava ter pedido, era questão de três ou quatro passos até onde estava, mas já que a moça se ofereceu...
É deprimente, até eu chegar ao caderno cultural ou a página esportiva é só desgraça. Um morre esfaquiado, o outro leva três tiros na cabeça, e um terceiro - infeliz desgraçado - se mata.
O que me aboba é a criatividade...
Tem gente que não basta se jogar do prédio, precisa se jogar de uma ponte e morrer afogado, ou pular comprido e cair no meio da rua, pra que, caso não morra na queda, um carro o esmague em três.
Ler sobre futebol é outra coisa, a minha sorte é que nem nervoso me dá, meu time tá longe da primeira divisão. Sempre que vejo o flamengo em baixa, lembro do Marquinhos - flamenguista roxo ( ou seria "vermelho e preto"?) - dizendo "time grande não cai..."
"Despenca meu amigo, despenca" eu completaria.
- O mocha - ela sorri e me dá uma piscadela ao sair.
Termino meu jornal e meu café. Espero as mesas vagarem e só sobrar a garçonete que me atendeu, ela está atrás do balcão com um pano, secando as mãos.
- Olá - ela se desvencilha do pano atrapalhadamente.
- Oi - passa as mãos no cabelo, deixando um vestígio de alguma coisa que estava presa ao seus dedos, ali.
- Licença - eu digo tirando e ela ruboriza. - Tem planos pra agora?
- Meu turno vai até as onze. Depois nada.
- Errado. Depois nós vamos ao meu apartamento.- Ela sorri
Eu a espero, mexo em alguns CD's e folheio revistas.
- Estou pronta.
Nós vamos até meu prédio, eu me bato com as chaves, o corredor cheira a mofo, assim como o resto da cidade, por isso não me envergonho.
Eu abro a porta... E... Bem... Agora vocês vão me dar licença que a noite é longa.

Saudações de aluado, rabicho, almofadinha e pontas.

Hogwarts será sempre um lar seguro para aqueles que lhe forem fiéis.
Não tem nada a ver com destino, muito menos coincidência. É pura sorte.
I just can give you love. Use it well

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nada Rotineiro.

- Janet Loopkan, bom dia - a voz era mecênica e o discurso treinado.
- Alô, com quem eu falo?
- Janet Loopkan, bom dia.
- Janet, hm... daonde é?
- Qual é seu problema, senhor?
Um suspiro de alívio do outro lado da linha:
- Pois liguei para o número certo, já não sabia... Desliguei umas cinco vezes de constrangimento.
- Então era você... - Ela pensou, mas o que saiu de sua boca foram as palavras treinadas - e qual é seu problema, senhor?
- A minha mulher me largou.
- E posso saber por que, senhor?
- Por isso eu liguei, preciso desabafar...
- Sou toda à ouvidos.
- Tudo começou quando eu ainda era jovem... Sempre fui o mais atrasado do grupo. Todos já tinham beijado, menos eu. Todos arranjaram namoradas, menos eu. Todos frequentavam aqueles lugares mal-frequentados, menos eu. O mundo conspirava contra mim.
(Silêncio)
- Aí eu conheci a Raquel. A Raquel subiu meu nível, todo dia eu ia à casa dela, passava a noite lá. Imagine o que isso significava...Então, ela simplesmente decidiu engravidar, e me veio com a notícia...
- É, ela decidiu - foi um sussurro quase inaudível.
- Perdão?
- Prossiga.
- A mulher engravidou, queria casar... Casamos, ora pois. Não tinha outro jeito, moramos nos fundos da casa da mãe dela, a velha morreu, fomos pra casa da falecida - que Deus a tenha - Felipe, o nosso filho, decidiu que ia pros Estados Unidos, a gente nunca mais o viu... Esses dias, Raquel chegou em casa e eu estava num telefonema, ela quis se meter, dizer o que não devia, dei umas bofetadas na coitada...
- O que o senhor fez? - a telefonista já estava abismada, como era capaz, um homem assim, de reclamar por ser deixado?
- Era mercido, e, bem... ela não concordava... - Do outro lado da linha ouviam-se soluços.
- Calma senhor, o senhor quer continuar a conversar? - por mais que ela não concordasse, e sentisse náuseas a imaginar o velho, era seu trabalho, ela não podia simplesmente desligar e deixá-lo à deriva.
- Ela saiu - os soluços eram mais constantes, e agora o homem engasgava, ele dizia algo que ela não compreendia, distinguiu apenas algumas palavras - Eu... Jogar do prédio...
- Calma - a mulher disse, emputecida.
- Onde o senhor está?
- Em casa, eu acho...
- Que Rua é?
- Em frente ao barato e bom, o mercado, sabe?
Ela, rapidamente, solicitou uma linha móvel e foi até o mercado, chegando na frente ela desligou a linha, assustada com o que via.
Um homem, rindo e apontando pra sua cara. Como se já não fosse demais precisar ouvi-lo contar como foi que ele perdeu a vrgindade e depois bateu na mulher...
- Espere - ela gritou - Eu subo já lhe ajudar.
Passava os lances de escada pulando de três em três, até chegar ao quinto andar, a, porta - apesar das controvérsias que existiriam se isso fosse um clichê - não estava trancada, então não houve cena e os bombeiros não precisaram arrombar.
Ela apenas o viu, no parapeito, rindo, ou cantando...
O impulso a tomou, ela correu em sua direção.
Os braços voltados para ele. Lhe acertou em cheio as costas, ele caiu.
De cima era uma massa disforme, alguma coisa que nunca se desconfiaria que, um dia, foi um ser humano. De baixo, um pesadelo.
A mulher não fugiu, nem nada. Ficou ali. Lembrando de cada maldita história de vida que ela ouvira nos últimos 5 anos, só desgraça. E ela se sentiu uma pessoa de sorte. Não ligava aonde estava, pouco se importava de ir pra trás das grades, de carona num camburão...

Razão!

A poção espirrava vivamente para todo lado; era cor de ouro derretido, e dela saltavam enormes gotas como peixinhos à superfície, embora nenhuma só partícula extravasasse[...]
- Sim. Aquela. Bem, aquela ali, senhoras e senhores, é uma poçãozinha curiosa chamada Felix Felicis. Suponho [...] que a senhorita saiba o que faz a Felix Felicis, strta. Granger?
- É sorte líquida - [...] - Faz a pessoa ter sorte!
- Correto, mais dez pontos para Grifinória. É uma poçãozinha engraçada a Felix Felicis - explicou Slughorn. - Dificílima de fazer e catastrófica se errarmos. Contudo, se a prepararmos corretamente, como no caso, vocês irão descobrir que os seus esforços serão recompensados... Pelo menos até passar o efeito.
[...]
- Ingerida em excesso causa tonteiras, irresponsabilidade e perigoso excesso de confiança. Tudo que é bom demais, sabe... extremamente tóxica em quantidade. Mas tomada com parcimônia e muito ocasionalmente...
- E a poção - [...] - é o que vou oferecer de prêmio nesta aula.
[...]
O professor caminhou lentamente entre as mesas, examinando os conteúdos dos caldeirões. Não fez comentários, mas ocasionalmente mexia ou cheirava uma das poções. Por fim chegou a mesa onde estavam Harry, Rony, Hermione e Ernesto. Sorriu ao ver a substância densa e escura no caldeirão de Rony. Passou rápido pela preparação de Ernesto. Deu um aceno de aprovação à de Hermione. Então viu a de Harry, e uma expressão de prazer e incredulidade espalhou-se pelo seu rosto.
- Sem dúvida, o vencedor! - exclamou para a masmorra - Excelente Harry [...] Tome aqui: um frasco de Felix Felicis, conforme prometi, e use-o bem!
[...]
-Tome isto também... - Ele empurrou as meias nas mãos de Rony.
- Obrigada - disse Rony. - Ãh... para que preciso de meias?
- Precisa do que está embrulhado nelas, é a Felix Felicis. Dividam entre vocês e a Gina também. Se despeçam dela por mim. É melhor eu ir, Dumbledore está me esperando...
- Não! - exclamou Hermione, quando Rony desembrulhou o frasquinho de poção dourada, parecendo assombrado. - Não queremos a poção, leve com você, quem sabe o que irá enfrentar.
- Estarei bem, estarei com o Dumbledore - respondeu Harry. - Quero ter certeza de que vocês estejam o.k... Não me olhe assim, Hermione, vejo vocês mais tarde...
E ele se foi, atravessou o buraco do retrato e rumou para o saguão de entrada.



                                                J.K Rowling - O Enigma do Principe!

Relicário.

Quero uma coruja de estimação, e não um cachorro. Ao invés de uma iguana, uma piton amarela. Amigos bem antes que amor. Quero um Rupert Grint na minha casa, e uma Emma Watson como melhor amiga. Quero Hogwarts, e não minha escola. Alvo Dumbledore de psicólogo, e uma penseira de ouvinte. Londres, Melbourne e Bells Beach fazendo fronteira com a minha casa. Quero uma amizade como a do Calvin e Haroldo, e um humor estilo Mafalda. Unhas compridas. Cabelo comportado e muitos domingos sem louça pra lavar. Não quero um lobisomen, nem um vampiro, nem ser uma garota que conquista esses dois, sou muito mais uma Laura em High Fidelity, ou uma Alicia em Slam. Um dia quero ser comparada à José Saramago em estilo, e à Lemony Snicket, Nick Hornby e à Markus Zusak (por "Eu Sou o Mensageiro", e não "A Menina que Roubava Livros") em talento e criatividade. E, quem sabe, ser colocada ao lado de J.K e agradecê-la por tudo, por minha infância e meu amor por literatura. Quero ser rica e inventar alguma coisa tão boa quanto sorvete de pistache com licor de menta. Quero largar minha obsessividade por pessoas, mas manter meu apego. Conseguir abandonar coisas materiais sem sofrer. Parar de mentir. Ter 13 filhos. Quero lembrar das coisas, e poder esquecer...

Apelo!

por acreditar na inteligência do povo brasileiro, eu tenho fé que a Dilma perde, se ela não perder, quem fica perdido somos nós!

Miss it all! Or not.

Nostalgia, nostalgia eu tenho. De ser criança, de ganhar colo da minha mãe, de ter uma desculpa pra roubar balinhas no mercado. Eu sinto falta, sinto falta de amigos queridos e viagens deliciosas que fiz. Quero um pôr-do-sol bonito, nem que eu o veja sozinha, vai ser assim, sempre. Ou não. Talvez um dia, eu abrace uma aventura, que tenha um nome, seja alto (ou baixo), moreno (ou loiro) e bonito (tomara!), e nessa aventura, eu gaste os dias da minha vida, até eu cansar. E, quando eu estiver exausta, eu possa fugir dela sem ser julgada, possa ler um livro e fingir que é verdade, que eu sou a protagonista, e que, tudo vai dar certo. Ou não...

vamos acreditar (ou ao menos fingir)

É engraçado, muito engraçado, como 1 em 3 trilhões de pessoas não acredita, não tem, ou já perdeu a esperança. dai chegam aqueles crentes de tudo e criticam, dizem que é impossível viver não acreditando. Não acreditando que as pessoas podem mudar, melhorar, mas, elas não mudam! Nunca mudarão! Ao menos não por você :/ Onda de realidade, não? ... Então, essa esperança que, supostamente, todos deveriam se abraçar, é fantasia! (lalalala). E me desculpa se estraguei o seu sonho de criança de que um dia todos os seus problemas acabariam e você seria feliz com quem você sempre quis... isso pode até acontecer, mas você será 1 em 3 trilhões :)