O barquinho de papel flutuava no superfície de uma poça, esquecido.
- A chuva parou.
- Fique mais um pouco aqui.
- Mas mamãe... Eu quero fazer brincadeiras...
- Você pode pegar uma pneumonia.
- Não, eu posso brincar.
- Não filho, por favor...
Depois de uma segunda chuva, no mesmo mês, ninguém esquecera barquinho nenhum, eles nem ao menos foram feitos.
- Vou sair.
- Mas mamãe, está chovendo.
- É exatamente isso que eu preciso.
- Uma pneumonia?
- Não, lavar a alma.
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